Jacob O. Maos, 1978.
Jacob Maos disserta sobre a colonização de terras, onde “a reparação arbitrária do racional relativo à organização espacial da colonização de terras e seu subseqüente componente econômico têm a atenção dos planejadores do potencial inerte aos padrões espaciais e sociais da colonização rural” e sua “meta geral é a de valorizar a situação nas regiões deprimidas; desvendar as pressões migratórias sobre os centros urbanos e acelerar a transição da agricultura tradicional para a agricultura moderna”. Estabelece um esboço conceitual que pressupõe: atividade agricultura ou sócio-econômica; incorporar meios funcionais; problematizar as adaptações culturais e sociais; não se prender as complexidades da colonização tradicional; a produtividades nas áreas adicionais; mais áreas para cultivo; direcionar o ciclo migratório para áreas que não os centros urbanos super-povoados; novos recursos e forma de crescimento no meio rural.
Enfim, trata das escalas, a moradia, a vila e o grupo inter-vila. Apropriadas pelos camponeses num nível de cooperação, podendo gerar crescimento econômico. Para isso seus objetivos são: 1) maximizar o número de famílias; 2) maximizar o emprego; 3) recreação e serviços; 4) ambiente social propício. A fazenda familiar, a comunidade e a região de colônias rurais, serão mecanismos de fortalecer os sujeitos em processos de: a) subsistência; b) subsistência e produção; c) especialização. De forma a valorizar os aspectos físicos, humanos e institucionais.
O autor, ao falar das experiências recentes, afirma que a colonização Européia é o modelo mundial rural. Logo, “o funcionamento e a evolução dos vários padrões de colonização podem ser melhor compreendidos pelo exame das mudanças espaciais ocorridas no passado”.
O caso de Israel – desenvolvimento rural integrado – é a síntese da experiência européia, dentro de um contexto geográfico, que gerou novos padrões de colonização: a) O mais antigo modelo de colonização densa e planejada (transplantada da Europa), onde a terra é distribuída aos colonos com os títulos de posse (fazendas grandes); b) Cooperativa de pequenos proprietários cada fazendeiro trabalha em sua própria parcela de terra e vive em sua sede; c) Sociedade coletiva e ideológica, onde a propriedade é dos próprios operários, que residem no seu centro, onde o lote é agregado a casa.
Na Itália, segundo o autor, o modelo de colonização é disperso, onde as desapropriações de latifúndios e loteamentos geraram o isolamento social das famílias agrícolas. Na Espanha “a ineficiência do minifúndio nortista e o desemprego crônico nas regiões de latifúndio têm causado baixos padrões de vida e pobreza, proporcionando o êxodo do setor mais jovem e mais dinâmico da população rural”. Mesmo assim existe um sistema de cooperação.
Por fim, é bom frisar, que no modelo de Israel a vila é parte de um grande sistema que permite expansão das atividades econômicas para além dos limites da própria vila, criando um modelo dinâmico, flexível, num estágio crescente de crescimento.
Na América Latina as características que são apontadas como: a ausência de avaliação da colonização de terras, problemas estruturais de serviços, padrões dispersos de concentração, o paternalismo dos esquemas de colonização, latifúndio, tendências os padrões agrícolas coletivos. Para organização espacial dos serviços rurais, Jacob, fala da necessidade de hierarquias, que estabeleçam áreas comunitárias, produtivas, Edu-cacionais e comercias, criando justaposições de sistemas rural e urbano.
Por fim, apresenta um modelo de colonização, estabelecendo critérios: minimi-zando distancias para o trabalho, custos de infra-estruturas, culturas, iniciativa individual e da família, pátio agrícola e flexibilidade de mudanças futuras na terra.
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